Segundo a Secretaria de Saúde do Município, 80 animais já foram vítimas da até então desconhecida doença
O município de Maraã, no Amazonas, enfrenta um surto de mortes caninas que, após investigações, foi associado à doença do carrapato. Segundo Thiago Castelo Branco, Secretário de Saúde do município, amostras foram enviadas inicialmente ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) para descartar a presença de raiva.
"O resultado descartou raiva. Em seguida, mandamos novas amostras para um laboratório particular em Manaus, e o diagnóstico apontou para babesia e erlichia, ambas doenças relacionadas ao carrapato", explicou.
Com cerca de 80 mortes de cães já notificadas, a Secretaria de Saúde acredita que o número real pode ser maior, considerando que muitos corpos foram descartados pela população em áreas como baixas, rios ou lixões.
Medidas de Controle e Prevenção
A equipe de zoonoses de Maraã iniciou um planejamento para conter o surto. Entre as ações estão a borrifação de inseticidas em residências onde há presença de carrapatos e campanhas educativas.
"Além da borrifação, estamos realizando ações de educação em saúde, com orientações divulgadas pela rádio e nas redes sociais do município", detalhou Thiago.
Inicialmente, também foi considerada a possibilidade de cinomose, uma doença viral comum em cães, especialmente filhotes, que pode se espalhar rapidamente durante a temporada de chuvas. No entanto, a hipótese foi descartada porque todas as mortes envolveram cães adultos.
"Geralmente, a cinomose atinge mais filhotes, e aqui os cães afetados eram adultos", afirmou.
Alerta à População
O surto acende um alerta para a população local sobre a importância de controlar a infestação por carrapatos, realizar a limpeza dos ambientes e buscar assistência veterinária para animais que apresentem sintomas. Entre os sinais da doença do carrapato estão apatia, febre, perda de apetite e sangramentos.
A Prefeitura de Maraã reforça o pedido para que os moradores colaborem com as medidas preventivas, contribuindo para o controle da situação e evitando a propagação do surto.
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