Após pedido do Ministério Público do Amazonas, a Justiça decretou nesta segunda-feira, 22/07, a prisão do delegado Ericson de Souza Tavares, suspeito de cometer crime de extorsão. O pedido do MP teve como base uma publicação em rede social de um vídeo com gestos obscenos e palavrões, após Ericsson ter sido colocado em liberdade pela própria justiça que o mandou prender de novo. Quando do crime, além do delegado, três policiais civis que estavam presos suspeitos do crime também foram colocados em liberdade.
Em seu pedido o MP alegou que após a soltura, o delegado publicou vídeo onde "zomba" da situação, o que motivou o órgão a pedir a prisão dele novamente. No documento, a procuradoria também pediu que ele seja afastado do cargo.
Ainda segundo o MP, o delegado detém poder de influncia e que faz parte de uma "associação criminosa" e que estando em liberdade, pode trazer riscos a sociedade ou ordem pública.
No vídeo, o delegado, além de cantar funk e usar palavrões, mostra o dedo do meio e zomba da situação que levou sua prisão. A atitude do agente causou indignação entre os internautas, que consideraram o ato um desrespeito as investigações e às vítimas dos crimes de extorsão e sequestro pelos quais ele e outros policiais foram acusados", disse o MP.
O que levou o Delegado e outros agentes policiais a serem presos
A prisão em flagrante dos agentes ocorreu no dia 23 de maio, após denúncias anônimas. Ao todo, 11 pessoas foram presas. Entre elas, o delegado Ericson de Souza Tavares, então titular do 6° Distrito Integrado de Polcia de Manaus.
Conforme o Boletim de Ocorrncia (BO), todos são suspeitos deextorsão mediante sequestro, associação criminosa, ameaça, entre outros crimes. Além de Ericson, há três investigadores, cinco policiais militares, sendo quatro cabos e um sargento, além de dois civis envolvidos no caso.
O caso veio tona após a polícia militar informar que três veculos estariam envolvidos em um suposto sequestro no bairro Correnteza, em Manacapuru. Segundo relatos de testemunhas, a denúncia partiu das famílias das vtimas, que disseram que um grupo armado chegou às residências das vtimas e se apresentou como policiais.
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